Oriente: a religião é PROBLEMA?!

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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Situações atuais que não se esquecem...

Os últimos momentos da vida de Mohammed Jamal al Durah foram registrados no dia 30 de setembro de 2000 pelas câmeras de TV em Gaza. Mohammed era um garoto palestino de 12 anos que estava no chão, em pânico, ao lado do pai, buscando proteção enquanto balas do exército de Israel eram disparadas, até que uma delas o atingiu fatalmente. A imagem cruel e revoltante, certamente ficará como uma das cenas mais dolorosas e dramáticas do século XX.Os conflitos mais recentes entre judeus e palestinos não são nada positivos para Israel. Durante a Intifada o país perdeu a guerra de propaganda porque a opinião pública não aceita as cenas de crianças se defendendo com pedras do exército invasor. Agora o Estado judeu é acusado de incitar uma luta por lugares sagrados na qual crianças indefesas estão novamente sendo mortas.Esse novo ciclo de violência por parte de Israel começou no dia 28 de setembro de 2000 com a visita provocativa de Ariel Sharon, líder do conservador Likud (maior partido de oposição) à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O general disse que queria mostrar que qualquer cidadão israelense poderia visitar qualquer parte da cidade. A visita mostrou o contrário, já que Sharon só circulou pelo local devido ao forte aparato de sua escolta militar. Com os protestos palestinos contra Sharon veio a reação excessiva e brutal da polícia israelense, que levou à morte de sete palestinos em apenas duas horas, resultando numa reação maciça dos palestinos e num ciclo mais amplo de violência.Na história mais recente do Oriente Próximo, Sharon, é um dos personagens mais odiados pelos árabes, especialmente pelos palestinos e libaneses. Em 1982, durante intervenção israelense no Líbano, Sharon, ministro da defesa, comandou vários massacres no sul desse país e esteve diretamente envolvido na chacina que vitimou 2 mil palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila em Beirute.
+ a Palestina sai isenta nessa confusão toda? Israel é a "ovelha negra?O que você acha???

Por que o Oriente Médio é um barril de pólvora?

Muito difícil passar uma semana sem que o Oriente Médio ocupe espaço nos noticiários. Atentados de grupos terroristas, assassinatos de líderes políticos e religiosos, bombas, acordos de paz fracassados. Esses temas levam à fácil conclusão de que a região é um verdadeiro barril de pólvora. Mas qual a razão desse dia-a-dia conflituoso? Por que alguns povos da região se odeiam tanto? Na Idade Moderna, a região antes submetida ao imperialismo mesopotâmico, persa e romano, ficou submetida ao chamado Império Turco-Otomano para, depois da Primeira Guerra Mundial, dividir-se sob a influência da Grã-Bretanha e da França, quando começaram a se delinear fronteiras, tornaram-se evidentes os conflitos sociais, políticos e religiosos, além da disputa territorial. Sem identidade própria, e sem ter mais a quem responder, os povos, em sua maioria árabes, passaram a buscar espaço e direitos, originando diversos confrontos.
Ajuda a esclarecer o nível de tensão do Oriente Médio dados do Banco Mundial. De acordo com a instituição financeira, das 14 nações do mundo que gastam mais de 5% do PIB com militarismo, sete estão no Oriente Médio. Outros números revelam que os 20 países encravados no Oriente Médio compraram 40% de toda a produção de armas dos Estados Unidos em 2001. Com exceção de Israel e Turquia, todos os seus países não são democráticos, têm ditaduras ou governos autoritários. Poucos comercializam entre si e poucos têm uma identidade coletiva que una seus cidadãos.

Israel x Palestina: sucessão de planos fracassados

O principal conflito no Oriente Médio se dá entre palestinos e israelenses, e mistura disputas territorial e religiosa. Sua origem é histórica. Em um dos lados estão os palestinos muçulmanos, que querem todas as terras sagradas ocupadas por Israel para o Islã. Do outro, os israelenses judeus, que não querem abrir mão das terras reivindicadas pela Palestina. No Corão, livro sagrado dos muçulmanos, os israelenses são definidos como elementos minoritários e como um povo no qual não se deve confiar e que precisa ser mantido sob domínio. A porção oriental de Jerusalém é reivindicada pelos dois lados. Os palestinos querem instalar ali a capital de seu tão sonhado Estado. Até hoje, não houve acordo de paz que fizesse os inimigos chegarem a um consenso.
A chamada Diáspora, espalhamento dos israelenses judeus por diversos países ao redor do globo, se intensificou no ano 70 d.C. por motivo religioso, em conseqüência da destruição do Templo Sagrado de Jerusalém pelos romanos. Apesar de dispersos, os israelenses mantiveram vínculos emocionais e históricos com a pátria mãe perdida e sempre defenderam um reencontro.
Históriadores já afirmaram que, as pré-condições políticas e a existência de extremistas religiosos e terroristas, fora de controle, impossibilitam um acordo. Nas condições políticas, se destaca o fato de Ariel Sharon não se comprometer com os palestinos e de ter sido Arafat ser uma figura destituída de autoridade, apesar de eleito democraticamente. Assim, mesmo que a população, em geral, até já aceite a possibilidade de divisão de terras, o radicalismo impede sua efetivação.
O que você acha??? Quem deve ficar com a terra e qual o real motivo de toda essa confusão???

Outros conflitos religiosos...

Além do confronto entre Israel e Palestina, outros conflitos marcaram a história da região ou ainda estão em curso. O principal e maior deles diz respeito à posição do Islã na região.
Os fundamentalistas islâmicos não se delimitam a um país. O objetivo dos muçulmanos é transformar Estados do Oriente Médio em teocracias e colocar a doutrina do Islã como norteadora da ordem. Na teocracia, a constituição ou governo de um país encara Deus como o único soberano, assim, nesse regime o controle político está nas mãos dos líderes religiosos correspondentes, ocorrendo a fusão entre Igreja e Estado.
Interpretando rigidamente a sharia (o código de leis muçulmano), os fundamentalistas querem a observação total das tradições religiosas no cotidiano político, econômico e social, a fim de formar um Estado islâmico ‘puro’.
Num contexto de miséria e recessão econômica, os marginalizados constituem a base social de apoio a esses movimentos, que usam de ações clandestinas e violentas, sendo os atentados terroristas os mais consagrados. Mais uma vez, a religião aparece na essência das brigas regionais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A tensão do Oriente é pior !?

“A `idéia´ de classificar a região do Oriente Médio como `tensa além do normal´ é dos ocidentais. A tensão naquela região e em outras partes do mundo é histórica, tem motivos religiosos, mas antecede a era Cristã. A verdade é que nossa violência, com crianças de ruas e o tráfico de drogas, só é diferente, nem melhor nem pior”, afirma Fernando Luiz, professor de Teoria Política dos cursos de Comunicação Social do Centro Universitário Municipal de São Caetano (IMES)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Era Bin? O que importa é que já era!

Num mundo onde tudo é cada vez mais possível, da mudança de sexo à clonagem humana, tinha que haver espaço para o "estranho".
No Oriente Médio é honroso ser UM HOMEM BOMBA...e filhos são muitas vezes criados com esse intuito...homens vivem em cavernas, detonando os ícones da vida moderna como suicidas que acreditam na redenção pelas virgens que os esperam do lado de lá da vida. Mais do que Alá, eles acreditam em virgens...
Quando caricaturistas começaram a ironizar essa realidade, o mundo começa a desabar sobre suas cabeças....
Mais do que a questão racial ou religiosa, o que está por trás é mais uma vez, a ameaça à liberdade. A motivação religiosa existe, mas é muito simplista achar que ela é a única. Os conflitos, hoje, têm a ver com as conseqüências da descolonização (França e Grã-Bretanha) e as influências ocidentais. Os países do Oriente Médio são, em sua maioria, países em desenvolvimento, com grandes desafios a superar, injustiças sociais e discordâncias internas.


Em meio a dificuldades eles encontram defesa em suas crenças... + muitos de nós tendemos a julgá-los por isso deixando de notar todas as dificuldades de sobrevivência pelas quais ele passam...o que vc diz a respeito??? o//

quarta-feira, 25 de julho de 2007

+ religião é problema ou solução?

Depende de onde elas acontecem. Os conflitos religiosos do Oriente Médio não são religiosos em sua essência, são territoriais! + Porque e como é que religião está sendo facilmente explorada parecendo fazer mais parte do problema do que da solução? Porque está subentendida nos contextos territoriais sócio-culturais e políticos nos quais religião funciona.
No Médio Oriente, grupos diferentes vêem a si mesmos e a outros em padrões diferentes! Não reconhecem, como nós, o fato de que todas as pessoas foram criadas à imagem Divina, e todas as religiões afirmam o valor de paz como ideal para a sociedade humana. Assim, no Oriente é normal e muitas vezes honroso envolver a religião em manipulações de conflitos territoriais, espalhando violência e guerras, usando símbolos e argumentos religiosos para envenenar mentes e justificar morte!